Desejo em desejar aprender


Aprender algo não é tarefa fácil e se tratando da leitura e escrita – habilidades distintas, mas que são exercidas em conjunto -, tão necessárias para a inserção do individuo ou a expansão do mesmo no meio em que vive.
Sabemos que nos primórdios da sociedade letrada ou até mesmo no início do pensamento filosófico o qual ainda estava sendo estruturado, havia a necessidade de se aprender sobre e para que tal alcançasse expansão era vital que neurônios fossem postos à prova, ou seja, algo estava em jogo, algo era de importância que acontecesse. Mas o quê e como?
Entretanto o aprender é contínuo, mas o que motiva o ser humano nessa jornada? Como uma criança tem noção do que é o aprender e como o interesse/desejo por este se dá? Como podemos interpretar a aprendizagem da criança de 6/7anos?
De acordo com pesquisas realizadas referente aos ciclos de alfabetização e seus desenvolvimentos, sabemos que ainda persiste certo índice de crianças as quais irão ingressar o 2º ano do primeiro ciclo de alfabetização sem contemplar o entendimento na leitura e escrita convencional - dados a partir de observações realizada na escola local -. Assim, nos resta questionar o que aconteceu ao longo desse percurso o que foi realizado e o que passou despercebido nesse processo.

O presente trabalho tem como objetivo investigar e entender esse processo de aprendizagem e com embasamento em autores os quais muito contribuíram sobre o tema, também analisar o olhar de outras vertentes dentre eles cito a médica: Psiquiatria/ Neurologia, o da Psicopedagogia e a da Psicanálise em uma leitura de Feurd e Lacan sob o olhar psicanalítico e demais autores como aporte teórico.

Todos tem capacidade em aprender algo, mas para que isso aconteça há um vasto caminho para se discorrer e pontuar. O tema a ser desenvolvido traz incógnitas em como se aprende? O que está por trás do aprender? Será que deve haver o desejo para se aprender? Onde nasce esse desejo? Lembrando que esse resultado também contribui para o crescente número de defasagem escolar. Sob o olhar de outras linhas de pensamento, identificar a posição do desejo dentro deste contexto e como esse faz relação com o indivíduo o qual está em desenvolvimento – cognitivo – nesse processo de aprendizagem.


Referências Bibliográficas:
Soubbotnik,Olga maria M.C de Souza. Soubbotnik,Michel A. Enlaces: Psicanálise e Conexões. GM Gráfica e editora, 2008. Pg. 13-28, 273-296, 327, 373-383. Vitória.
Vecovi, Renata Conde. O que é um pai, hoje? Reflexões nas fronteiras entre direito e Psicanálise. Pg. 63.  Escola Lacaniana de Psicanálise de Vitória. Vitória. 2016.
Ireland, Vera Esther. Queixas de aprendizagem – Contribuições de outras disciplinas e da psicanálise. Estudos de Psicanálise. Belo Horizonte – MG. N. 37. Pg. 151-164. Julho 2012. Acesso em: 19/07/18.
Corrêa, Crístia Rosineiri Gonçalves Lopes. Dificuldades de Aprendizagem e saber idealizado no outro. Vol.26. n. 1. Pg. 71-80. Universidade Federal de Juíz de Fora. M.G. 2015. Acesso em: 22/07/18.
Oliveira, Maria Cecília Costa. Queiróz, Sávio Silveira. Concepções de Professores de Ensino Fundamental Sobre a Transferência na relação com seus Alunos. Transferência na relação Professor-Aluno.
Angeli, Cleimara. Pós-Graduação: Psicanálise e os Desafios da Contemporaneidade. Psicanálise e educação.
Bernardi, Tamires Pastore. Inibição Intelectual em Psicanálise. O caso de uma adolescente. Uinicamp. FE. Campinas. 2018. Acesso em: 11/09/18.

Hoppe, Martha Marlene Wankler. Folberg, Maria Nestrovsky. O desejo e a aprendizagem da leitura e da escrita. Vol. 20. N. 1. R.J. 2017. Acesso em: 26/09/18.

http://www.maisqualidadedevida.com.br/atividade-fisica-para-criancas/



Filosofia & Psicanálise


Atividade 06
Entendemos que passional é tudo aquilo que é motivado por uma paixão descontrolada, desregrada, onde com a implementação do poder político do estado fazendo assim tais paixões serem menos intensas, o qual traria a própria destruição de si, o homem, como também aos demais que estão inseridos na comunidade, onde a guerra de todos contra tocos com um único desejo em particular.
O ser humano dotado de suas faculdades em que suas paixões e desejos e impulsos, necessitam de serem controlados a partir do enfoque central político que é o medo, sujeitando-se ao se afastar de seu estado de natureza natural.


Atividade 05
Filosofia da Natureza e Filosofia Moral em Hobbes
YARA ADARIO FRATESCHI

Hobbes faz sua contribuição destacando dentro da física o movimento humano em sua respectiva natureza onde todas as coisas são causadas pelo movimento, e o próprio movimento não tem outra causa além do movimento. Hobbes destaca a geometria lida com o movimento simples; a física, com o efeito de um corpo em movimento sobre outro; a moral, com os movimentos da mente. A razão pela qual a filosofia moral deve, na via sintética, seguir-se à física é o fato de que os objetos da moral – o desejo, o apetite, a benevolência, a esperança, o medo, etc. – são movimentos da mente. As causas desses movimentos residem na sensação e na imaginação, que, por sua vez, são também movimentos, que compete à física estudar: É a noção de movimento que Hobbes carrega da filosofia natural para a moral e para a política, ao assumir que a ordem natural inteira, incluindo o hoem, “a mais excelente obra da natureza”, se move fundamentalmente da mesma maneira. Transportando a teoria do movimento para as teorias moral e política, Hobbes entende que não apenas os corpos em geral, mas também os homens se movem inercialmente, de modo que não apenas os seus movimentos físicos (externos), mas também as suas emoções se movem sem fim e sem repouso. E mais: no mundo do movimento inercial, todas as coisas tendem à persistência; o homem, que é uma criatura natural, não constitui exceção.
É a noção de movimento que Hobbes carrega da filosofia natural para a moral e para a política, ao assumir que a ordem natural inteira, incluindo o hoem, “a mais excelente obra da natureza”, se move fundamentalmente da mesma maneira. Transportando a teoria do movimento para as teorias moral e política, Hobbes entende que não apenas os corpos em geral, mas também os homens se movem inercialmente, de modo que não apenas os seus movimentos físicos (externos), mas também as suas emoções se movem sem fim e sem repouso. E mais: no mundo do movimento inercial, todas as coisas tendem à persistência; o homem, que é uma criatura natural, não constitui exceção.
Referencias:



Freud, Hobbes e o Destino do Corpo Político

Conferência do professor Vladimir Safatle do Departamento de Filosofia da USP no IV Fórum Brasileiro de Pós-Graduação em Ciência Política sediado pelo Departamento de Ciência Política da UFF.

O vídeo tenta fazer relação entre Hobbes e Freud a respeito das metáforas do corpo político, com textos sociológicos de Freud e Hobbes, onde conforme Safatle é um texto político mais importante de Freud e o mais negligenciado nesta dimensão política que Moisés e o Monoteísmo.
Uma vez que pensando sobre a não contribuição da teoria dos afetos em relação da natureza dos impasses dos vínculos sociais, onde aceitamos a dimensão dos afetos em respeito a vida individual do sujeito, enquanto as compreensões dos problemas ligados ao vínculos sociais existiria uma perspectiva diferente capaz de descrever o funcionamento estrutural da sociedade e das suas esferas de valores, enquanto os afetos remeterem a sistemas individuais das fantasias e de crenças o que nos impossibilitaria a compreensão da vida social como sistema de regras e de  normas.
Freud em preeminência insiste em ultrapassar essa dicotomia, nos mostrando quão fundamental a reflexão sobre os afetos, no sentido de consideração sistemática sobre a maneira em que a vida social e a experiência política produzem e mobilizam afetos que funcionaram como base de sustentação para a adesão social sendo como forma de lembrar em desenvolver reflexão social que parta das perspectivas dos indivíduos, não se contentando com acusação de psicologismo.
A perspectiva freudiana não é no entanto apenas a expressão de um desejo em descrever fenômenos sociais a partir da intelecção dos seus afetos, ele busca compreender como os afetos são produzidos como e como são modelizados para bloquear expectativas emancipatórias, a vida psíquica que nós conhecemos com suas modalidades de conflitos é uma produção de afetos sociais, por isso a superação dos seus conflitos  pede a consolidação de um impulso em direção a mutação desses afetos a capacidade de ser afetada de outra forma.
Freud ao tentar compreender as modalidades de circulação social dos afetos, privilegia os vínculos às figuras de autoridade, acredita de certa forma os vínculos de autoridade constituem sujeitos através do processo de identificação o que poderia aparecer como regressão em relação a discussões freudiana sobre a natureza produtiva dos vínculos. As estruturas, disciplinas, vínculos políticos possíveis numa relação a figuras de autoridade personalizadas pela autoridade. Freud parte da crença de nossas experiências política sempre se organizar a partir da referência a uma encarnação de poder podendo ser atual ou ser meramente fantasmática, no entanto ela sempre se dá, onde não há poder sem incorporação, não há poder sem encarnação, podendo somente passadas somente na ruptura desses afetos.
Os afetos que nos abre para os vínculos sociais e o desamparo e Hobbes fala sobre o medo como o afeto político central, porque é o afeto mais forte que nos levaria a aquecer a norma constituindo a possibilidade de uma vida em sociedade que nos permitiria a nos afastar do estado de natureza. Existe divergências entre as ideias e Hobbes e Freud, durante um tempo em que vive se um poder em comum, capaz de mantê-los todos em um temor respeitoso eles se encontram naquela condição a que se chama guerra, uma guerra de todos contra todos segundo Hobbes, numa relação de desejos dos mesmos objetos.
Sendo assim faz-se necessário o governo para se estabelecer relações, contratos que determinem os lugares, as obrigações, previsões de comportamento vinculados assim na circulação do medo como afeto instaurador e conservador nas relações de autoridade de paralisar o movimento de bloquear o excesso das paixões.
Freud apresenta no totem tabu o pai primevo, a ideia em que a sociedade teve início nas pequenas hordas onde havia o macho mais forte que tinha posse de todas as mulheres e submetia todos os outros com força, onde foi assassinado por um de seus filhos o qual deveria constituir uma sociedade então igualitária, produzindo na realidade sentimento de culpa e que marcou o lugar do poder como lugar vazio para sempre o qual nenhum estaria à altura do pai primevo para ocupar o lugar.
Safatle lembra um autor ao falar que o indivíduo é proprietário somente de sua pessoa o qual os atributos o determina como indivíduo, o setor da teoria marxista sempre tendeu a compreender desalienação com apropriação o qual ser um equívoco no tocante da apropriação do próprio trabalho, apropriação do produto pessoal. De forma a salienta a democracia liberal no estado crítico o qual estamos sujeitos do horizonte dos afetos dos indivíduos, no caso de sua superação, é necessário observar a existência de afetos que nos levam para fora da nossa condição de indivíduo, trazendo a teoria do desamparo que os enunciados tem, onde se vincula na existência do amparo se abrindo então a fatos e acontecimentos que não conhecem
Referencias:
Material disponibilizado pela plataforma EAD Especialização e Psicanálise UFES ou diretamente pelo canal abaixo:




Como o autor concebe o tato na experiência humana?

De acordo com o texto, o autor mostra alguns exemplos vivenciados por ele em relação ao tato; situações as quais ele viu e interpretou e outras as quais ele mesmo passou. Também define o tato como uma meditação filosófica ainda não conhecida/definida, se fala das outras formas de sentido, menos desta.
O autor Rubem Alves corpo do amado ou a dor de um tapa bem marcado. Como uma forma de êxtase o tocar a pele e sentir emoções é algo que o ser humano se apropria desde o nascer através do simples contato com o seio da mãe ao sugar.



A educação tem o intuito de levar o indivíduo a pensar, ensinar a ver e criar possibilidades diante das entraves encontradas.
Temos conhecimento acumulado hoje presente em livros e tantos outros canais, porém tem sido um desafio instigar o aluno a querer reter destes e aplica-los e desenvolvê-los conforme situações que emergem de situações desafiadoras.

O professor olhar seu ofício como missão, o papel muda de cor e figura e tomar posse de tal e de extrema importância, pois atualmente, está na mãos destes o tecer um mundo/cultura/pessoas melhores, tornando-o também de tal forma a projetarem o futuro como homens pensantes.



Enquanto o educando estava distraído com seus afazeres (rotina), o educador estava a usar a sua magia até que conseguiu chamar a atenção de seu objeto de ensino o educando.
No filme relata o processo de aprendizagem e da presença do professor diante ao educando. Enquanto o mesmo instiga ao interesse, o mesmo em suas tentativas ainda errôneas tem sido observado pelo mestre de longe e sem muitas interferências, visto que é necessário que o educando construa sua própria forma de aprendizagem.
Se tornando então, aquele que deve instigar, de observar a aprendizagem possibilitando e mantendo de forma constante a vontade do aprender no educando. De sentar ao lado, instruir quando necessário aos desafios os quais forem surgindo. Ensinar novamente o caminho quando assim ser necessário, de voltar atrás corrigindo possíveis falhas...
Renedir $ouza

23/10/2017


É dos sonhos que nasce a inteligência. A inteligência é a ferramenta que o corpo usa para transformar os seus sonhos em realidade. É preciso escutar as crianças para que a sua inteligência desabroche.
Rubem Alves
É verdade, quantas vezes eu achei que era importante apenas falar, falar... e ouvir menos pois de certa forma é necessário se estabelecer ordem de acordo como manda o figurino. Todos querem ser ouvidos sem interrupções e com isso surge a limitação da expansão da inteligência...
Vejo que é necessário o ouvir, investir tempo para ouvir os sonhos se transformando em inteligência e a aprendizagem a qual almejamos acontecer...
Renedir $ouza




Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar
Kant
Li em certo artigo que o filósofo é  considerado um sábio, sendo aquele que reflete sobre as questões e busca o conhecimento através da filosofia.
Até o presente momento, temos sido direcionados a rever nossas atitudes enquanto profissionais, onde acredito que o pensar sobre tal afirmação nossos olhos se abrem e podemos sorrir mas também chorar e aprender a fazer diferente onde outrora não acertamos.
A filosofia foi essencial para o surgimento de uma atitude crítica sobre o mundo e os homens, ou seja, a atitude filosófica faz parte da vida de todos os seres humanos que questionam sobre sua existência sobre o mundo política... Sendo assim não há como não agir sem rever sem refletir sem questionar, ou será que ainda estamos presos à caverna?